sábado, 11 de abril de 2009

Caso Protógenes:do Luis Nassif

10/04/2009 - 16:00
Um xadrez extraordinário
Coluna Econômica - 10/04/2009
Imagine que você é um delegado da Polícia Federal e lhe cai nas mãos um caso cabeludo. Começa a investigar e descobre que o caso envolve parte relevante da República. Há toda uma estrutura de crime organizado, mas que pega peixe grande de diversos setores.
Aparecendo um dos peixões, haverá o foro especial e o caso irá para o Supremo Tribunal Federal. Com quatro anos de estudos e investigações, sabe que a tendência do Supremo será abafar o caso, por tendência liberalizante, pela complacência com o crime do colarinho branco e por não entender a necessidade de uma ação de inteligência, às vezes heterodoxa para enfrentar o inimigo.
Sabe que o bandido tem aliados poderosíssimos, nos três poderes e na mídia. E que dificilmente um processo convencional prosperará.
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Sentam-se, então, os investigadores envolvidos no caso - PF e Ministério Público - e montam a estratégia.
Para tornar a operação irreversível, na primeira etapa não poderão aparecer suspeitos com foro privilegiado.Por outro lado, precisa criar um fato relevante, estrondoso, que jogue o caso na mídia, lhe dê ampla repercussão, para torná-lo irreversível.
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Começa então o grande jogo. O primeiro lance é tratar de plantar na imprensa notícias sobre a Operação, para assustar o suspeito. Pessoas da sua equipe procuram a jornalista e a notícia sai.
O passo seguinte, é montar um baita jogo de cena, como se a notícia tivesse sido vazada por terceiros. E, ao mesmo tempo, fazer chegar ao chefe do bando a disponibilidade para negociar um suborno.
Uma prisão por suborno não abre margem a dúvidas na opinião pública. É muito mais fácil de entender do que intrincadas operações de lavagem de dinheiro e outras manobras financeiras.
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A operação é montada, o suborno filmado. É decretada a prisão do chefe da quadrilha, ao mesmo tempo em que a reportagem do suborno sai no Jornal Nacional. Para impedir qualquer alegação de armação, o delegado trata de pedir a prisão até da jornalista que primeiro divulgou a matéria - o que não é concedido pelo juiz.
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A reportagem no Jornal Nacional é o xeque mate. O caso transborda para a opinião pública, torna-se irreversível. O delegado é sacrificado, como havia previsto no início, quando montou sua grande jogada.
Mas com a água transbordando por todos os lados, o presidente do Supremo Tribunal Federal é obrigado a se expor. Depois dele, políticos, oposição, governo e os jornalões, se enredam na armadilha coletiva, se expondo de uma forma inédita. Inventam-se escutas ambientais, reportagens falsas, factóides, grampos, irregularidades. Mas nada mais consegue recompor o dique e impedir o prosseguimento das investigações.
O delegado é afastado do jogo, mas seu sucessor prossegue. Agora, com o caminho aplainado inclusive para que verdades mais graves possam aparecer.
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A história acima é uma hipótese sobre a Operação Satiagraha, sobre o Delegado Protógenes Queiroz, depois da divulgação do relatório do corregedor Amaro Vieira Ferreira, acusando (embora sem provas) Protógenes de ser o autor do vazamento da Operação Satiagraha para a repórter Andrea Michael, da Folha.
É uma hipótese, mas faz sentido.
Comentário
Quando Protógenes diz que quem arrumar prova para liberar bandido é bandido obviamente estava se referindo ao relatório Amaro. O delegado trabalhou especificamente para levantar provas pró-Dantas.
Enviado por: luisnassif - Categoria(s): Coluna Econômica, Economia Tags relacionadas: , ,




10/04/2009 - 20:32 Enviado por: wilson yoshio
20.000 milhas de distancia das vilezas da midia vil , e lendo sobre floradas de sakuras , desanuviaram meus pensamentos neste ano atemporal.
Não li Caros Amigos, nem acompanhei a procissão que deposita ex-votos no altar do, queiroz ou não queiras, os TAGs do Giba, delegado, ainda, Protógenes.
Dizem que a primeira ilusão é a que fica. A minha foi a pior , inclemente na incursão pelo blog do Protógenes , visual cansativo, ver a foto de cavanhaque , camisa preta aberta no peito, jeito de segurança de cabaré , texto rudimentar , pensei…a scuderia Le Blog voltou…ou pior o homem da camisa preta…tal Tenório da capa preta.
Este virou filme. Logo, logo o imaginário popular de legado a proteger os genes do bem contra o Dragão Danado vira mote de repentistas, antes do sertão virar mar, antes do cdf da pf virar psol.
Tenório lavou nossa alma ao causar incontinência urinária, em pleno plenário, à ACM, que malvadeza!! (e parece ter abrigado Serra, presidente !ò título impossível, da une, na eclusão da ditafalha)
Protógenes(com 772.870 clicks na biblia do nosso tempo. o google) tá dando de goleada na Lurdinha (metralhadora de tenório), com laptop e argumentos de topten tá enquadrando o jetset.
Já, já , com roteiro e mixagem,aclarando as notas ultra-violetas ,Dá Dá filme.O que virá primeiro? o mandato ou o filme? o cordel já deve ter nas feiras.
Crentes em romeiras a depositar ex-votos no altar ou descrentes em filas eleitorais a esperançar votos nas urnas? Deputado ou São Protege os pobres?

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